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Caracterização Estrutural de Proteínas
Para que se possa criar um antítodo eficiente contra uma peçonha, é necesserário um profundo conhecimento de suas proteínas.
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Estudo das interações de serino protease de peçonhas de serpente e hesperitina
Os acidentes causados pelas picadas de serpentes, ofidísmo, acometem ao redor de 2,5 milhões de pessoas por ano, sendo que cerca de 125 mil tiveram um desfecho fatal. As vítimas sobreviventes podem apresentar sequelas físicas permanentes devido a necrose do tecido local e, por vezes, sequelas psicológicas.
Assim, estes tipos de acidentes representam um problema de saúde pública, afetando principalmente as pessoas que vivem em áreas rurais da Ásia, África e América Latina. Além disso, na América Latina, a maioria dos acidentes ofídicos são causados pela família Viperidae.
As peçonhas das Viperidae contêm uma elevada percentagem de metaloproteases zinco-dependentes que desempenham um papel relevante na patogênese da hemorragia característica destes envenenamentos. Entretanto, algumas serina proteases estão diretamente envolvidas nesses eventos proteolíticos, causando perturbações na hemostasia observada após o envenenamento.
Objetivos
Os resultados obtidos no Laboratório de Química Biológica (LQB, IQ-UNICAMP) mostraram que a hesperitina, resultante da hidrólise da hesperidina extraída da casca de laranja, atua como inibidor não-competitivo e misto de duas serina proteases de peçonhas de serpentes.
Dessa forma, esse projeto tem como objetivos estudar as interações entre as serina proteases e a hesperitina, como também, as interações entre as serina proteases e os anticorpos através das técnicas espectroscópicas e de calorimetria.
A microcalorimetria permitirá a investigação de propriedades termodinâmicas e balanço de energia das interações indicadas. Espera-se estudar e descrever as interações entre as enzimas alvo e a hesperitina como possível inibidor dessas enzimas, com fim de melhorar a terapia anti-envenenamento.